Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE PACIENTES ATENDIDOS PELA EQUIPE DE CIRURGIA PLASTICA EM HOSPITAL TERCIARIO DURANTE O DIA NACIONAL DE COMBATE AO CANCER DE PELE
OBJETIVO
O presente estudo busca estabelecer o perfil dos pacientes encaminhados para realização de procedimento cirúrgico ambulatorial com a equipe de cirurgia plástica durante o mutirão realizado no Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele em 01 de dezembro de 2018.
MÉTODO
A coleta de dados foi feita por meio de entrevista presencial para aplicação de questionário estruturado e padronizado. O questionário foi composto de 10 questões abertas de identificação pessoal (como idade, sexo e naturalidade) e fenotípica (cor de pele, olhos e cabelos), além de 13 questões objetivas quanto a hábitos de exposição solar, uso de protetor solar e histórico prévio e familiar de lesões de pele malignas e benignas.
O critério de inclusão utilizado foi o rastreio prévio feito pelo serviço de dermatologia que, ao identificar lesões com suspeita clínica de malignidade, realizou o encaminhamento imediato dos pacientes para o bloco de procedimentos ambulatoriais. Foram excluídos os pacientes que não possuíam condições clínicas para realização de procedimento no momento e aqueles que recusaram a participação no estudo.
RESULTADOS
A amostra final foi composta por 6 pacientes, a média de idade foi de 68,6 anos, todos do sexo masculino. Todos os pacientes são provenientes do estado do Rio Grande do Sul, sendo 3 naturais da região metropolitana de Porto Alegre. Com relação a características fenotípicas 5 se reconhecem como brancos e 1 como pardo, a cor de cabelo mais prevalente foi castanho escuro (4) e de olhos foi castanho (5).
Sobre hábitos de exposição solar 3 relataram passar a maior parte do dia em local aberto, com exposição direta ao Sol. Metade (3) afirmou fazer uso de protetor solar com frequência diária, as regiões corporais de aplicação mais frequente são face e membros superiores (2), sobre a escolha do produto, indicação médica foi unânime (3) e o fator de proteção solar (FPS) usado por todos foi acima de 50. Metade da amostra relatou não usar nenhuma medida de fotoproteção e todos negaram o hábito de se expor ao sol para se bronzear.
Na história médica pregressa, apenas 1 relatou estar em sua primeira consulta com médico dermatologista, 2 possuíam diagnóstico prévio de lesão dermatológica maligna e 1 de outras lesões dermatológicas (não informada pelo paciente). História familiar de lesão maligna de pele em familiar de 1º grau foi confirmado por 2 pacientes.
CONCLUSÕES
Os dados obtidos com essa pesquisa concordam com trabalhos de maior extensão disponíveis na literatura no que diz respeito ao perfil de paciente com maior prevalência de lesões malignas: homem, idade avançada e fototipo baixo. Não foi possível avaliar a influência dos hábitos de exposição solar e medidas de fotoproteção devido aos resultados inespecíficos.
Em estudo posterior pretende-se, através do acesso aos laudos anátomo-patológico, estabelecer também o perfil das lesões tratadas através de excisão cirúrgica durante a campanha de combate ao câncer de pele.
Área
CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)
Instituições
Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
Maria Jiulia Mariano Sanquite Hoffmann, Leonardo Oliveira da Silva, Rudinara Gonçalves, Júlia Lubaczwski, Lucas Steffen, Vanessa Gaissler