Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS HERNIOPLASTIAS NO BRASIL NOS ULTIMOS 5 ANOS
OBJETIVO
Analisar o perfil das hernioplastias nos estados brasileiros, levando em consideração a complexidade; o regime; o tipo de procedimento; a taxa de mortalidade; o contexto em que a cirurgia foi realizada (eletivo ou emergência) e categorizar por região do país.
MÉTODO
Realizou-se um estudo ecológico retrospectivo, com dados encontrados no DATASUS no período de 2014 a 2018, quantificando-se, por região do país, o perfil do procedimento e em que contexto foi realizada.
RESULTADOS
A hérnia pode ser caracterizada como sendo uma protuberância de algum órgão interno para fora do seu sítio de alojamento natural. É importante salientar que cada hérnia recebe uma denominação a partir da localização que a mesma se apresenta. Temos a hérnia inguinal como sendo a mais frequente, hérnia femoral, hérnia de spiegel, hérnia umbilical, hérnia epigástrica, hérnia de petit, etc. A ocorrência deste acaso pode ser devido à diversos fatores, sendo alguns destes: fraqueza muscular, tabagismo, esforço físico intenso, conduto peritônio-vaginal não obliterado e constipação crônica. No Brasil, entre 2014 e 2018, foram realizadas 1.151.232 hernioplastias. A região Sul apresentou o maior número de procedimentos por 100 mil habitantes, com 679,75, seguida pelo Nordeste, com 678,05. A região com menor número foi o Centro-Oeste, com 459,89 por 100 mil habitantes. Considerando o caráter da hernioplastia, 80% foram eletivas (total de 930.768), 19% de urgência (220.429) e 1% não foi registrado. Das eletivas a maior parte (40,10%) foi realizada no Sudeste, e a minoria (5,82%) no Norte. Dentre as de urgência, a maioria também foi realizada no Sudeste (31,5%), e a minoria no centro-oeste (7,70%). De acordo com o regime do procedimento, a maior parte foi ignorada a informação do setor (43%), do restante (31%) foram do setor privado e 26% do público. Dos tipos de hernioplastias, com maior número destacou-se a inguinal unilateral com 48,42%, seguida pela umbilical (26,84%) e incisional (9,3%), com menor número a epigástrica videolaparoscópica (0,02%), seguida pela diafragmática via torácica (0,092%) e diafragmática via abdominal (0,19%). Foram registrados 1.700 óbitos, destes a maior parte ocorreu no Sudeste (47,29%), seguido pelo Nordeste (24,7%), e com menor índice o Centro-Oeste (5,88%), seguido pelo Norte (6,5%).
CONCLUSÕES
Mais da metade das hernioplastias foram eletivas, com prevalência na região Sudeste. Nessa região, também, foram documentados a maior parte dos óbitos. Houve prevalência de hernioplastias para hérnia inguinal unilateral. Desse modo, o conhecimento do perfil das hernioplastias se torna importante para a avaliação de riscos e, assim, guiar uma boa conduta médica.
Área
PAREDE ABDOMINAL
Instituições
CESMAC - Alagoas - Brasil
Autores
Lucas Roberto da Silva Barbosa, Caio Felipe Thomazin Panicio, Matheus Simões de Oliveira, José Gabriel Rodrigues de Carvalho Holanda, Gabriela Medeiros Formiga Moreira, Ana Elisa Biesek Leite, Aline da Costa Gobbi, Angelo Luís Tonon Santana