Dados do Trabalho
TÍTULO
ANALISE COMPARATIVA DAS DIFERENTES TECNICAS DE HEMORROIDECTOMIA E EVOLUÇAO NO POS-OPERATORIO
OBJETIVO
Analisar de modo comparativo os resultados pós-operatórios de diferentes técnicas de hemorroidectomia e hemorroidopexia.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão da literatura, nas seguintes bases de dados: Web of Science; Periódico da Capes; Scopus; SciELO Periódicos; Social Science Research Network (SSRN); PubMed e MEDLINE Complete.
RESULTADOS
Uma pesquisa publicada pela The Lancet, realizada no Departamento de Cirurgia do Hospital Raigmore, na Escócia, concluiu que a hemorroidopexia foi menos dolorosa do que a hemorroidectomia convencional e as taxas de complicações cirúrgicas foram semelhantes entre os grupos. A qualidade de vida global foi melhor para o grupo submetido a hemorroidectomia convencional em relação ao grupo que realizou PPH em 24 meses. Os participantes do grupo da hemorroidectomia tiveram menos sintoma em um período de 12 a 24 meses (ambos p < 0,0001), e relataram menos intercorrências em 12 (39/278) e 24 meses (76/300) em comparação com o grupo que fez PPH em 12 meses (94/295) e em 24 meses (134/317). Na série de maior amostragem Cruz et, a técnica aberta com 2.014 casos teve 61 complicações (1,9%), das quais: 38 casos de estenose anal (1,9%), 19 casos de hemorragia anal (0,9%), 3 casos de agravamento de incontinência fecal (0,1%), nenhum caso de sepse anal (0%) e 1 caso de complicação sistêmica – crise hipertensiva com hemorragia vicariante – (0,05%). A técnica fechada com 232 casos teve 8 complicações (3,4%), das quais: 4 casos de estenose anal (1,7%), 1 caso de hemorragia anal (0,4%), 1 caso de agravamento de incontinência fecal (0,4%), 2 casos de sepse anal (0,9%) e nenhum caso de complicações sistêmicas (0%). A técnica mista com 171 casos teve 7 complicações (4,1%), das quais: 2 casos de estenose anal (1,2%), 1 caso de hemorragia anal (0,6%), 1 caso de agravamento de incontinência fecal (0,6%), 1 caso de sepse anal (0,6%) e 2 casos de complicações sistêmicas (0,1%) – 1 caso de crise hipertensiva com hemorragia vicariante e 1 caso de choque anafilático com parada cardíaca e ressuscitação (Cruz et al.,2007).
CONCLUSÕES
A hemorroidectomia fechada de Ferguson tem poucas vantagens clinicamente mensuráveis em relação à hemorroidectomia aberta à Milligan-Morgan em termos de redução da dor pós-operatória, menor risco de sangramento pós-operatório e cicatrização mais rápida da ferida, necessitando de mais pesquisas com grandes amostras e um maior tempo de follow up, considerando que há poucos estudos encontrados na literatura e ainda muito antigos. Além disso, os estudos recentes e mais antigos mostram uma equivalência nas taxas de complicações quando usadas as técnicas abertas, fechas ou mistas, da mesma forma, sem significância estatística. Em relação ao uso de uma técnica mais nova, como PPH, os estudos mostraram que os resultados pós-operatórios a curto prazo é melhor. Em contrapartida, estudos com maior tempo de follow up refutam esse resultado, mostrando que a técnica convencional tem resultados superiores em relação aos aspectos pós-operatórios e qualidade de vida.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
SANTA CASA DE FRANCA - São Paulo - Brasil
Autores
NAYARA LOBO COELHO, VERGILIO PEREIRA CARVALHO, BRUNA LIMA DAHER, CAIO CESAR FASCIROLI CONTIN SILVA, BRUNA LEMOS SILVA, VILSON JACQUES, HUGO LEONARDO SHIGENAGA RIBEIRO, LARA DIAS CASTRO CAVALCANTI