TÍTULO

DERIVAÇAO BILIODIGESTIVA PARA CORREÇAO DE ESTENOSE DAS VIAS BILIARES POS-TRANSPLANTE HEPATICO

INTRODUÇÃO

O Ducto Colédoco é um canal em que transporta a bílis, que é sintetizada pelo fígado, e a sua estenose prejudica o transporte e, consequentemente, a função efetiva desse fluido em seu órgão alvo. Esse trabalho tem como objetivo descrever um caso cirúrgico de Derivação Biliodigestiva para correção de Estenose da Anastomose do Colédoco após transplante hepático.

RELATO DE CASO

A.F.S. 62 anos, sexo feminino, procedente de Fortaleza/CE, natural de Coroatá/MA, aposentada, solteira, católica chega sem queixas ao hospital para fazer exames de acompanhamento. Paciente possui Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus e nega outras comorbidades, tabagismo e etilismo. Na história pregressa, realizou transplante hepático há oito meses por conta de Hepatite C, sem intercorrências. Ao realizar o exame de acompanhamento pós-transplante hepático Colangiorressonância Magnética, evidenciou estenose da anastomose do colédoco, na via biliar, após apresentar falha do enchimento do colédoco, medindo cinco milímetros, ao nível da anastomose entre doador e receptor, determinando moderada ectasia do colédoco a montante e leve dilatação das vias biliares intra-hepáticas, sendo encaminhada então para tratamento cirúrgico nesse serviço com classificação de risco baixo. Paciente reagiu bem ao tratamento cirúrgico, tendo que ficar de resguardo na Sala de Repouso 4 dias pós-cirurgia. Ao receber alta, a paciente terá que realizar dieta alimentar consumindo alimentos com baixo teor de gordura (lipídios) até recuperação total, que deve ocorrer em 3 meses.

DISCUSSÃO

O caso se torna interessante de ser apresentado, pois as complicações biliares pós-transplante hepático acometem entre 6-40% dos pacientes, sendo mais frequentes após o transplante intervivos, de acordo com artigo publicado na revista Endoscopia Terapêutica com base em 6 artigos internacionais se referindo ao problema apresentado.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS