Dados do Trabalho


TÍTULO

A CIRURGIA TRANSESFENOIDAL ENDOSCOPICA PARA RESSECÇAO DE ADENOMAS DE HIPOFISE

OBJETIVO

O trabalho tem como objetivo explicar o acesso cirúrgico endoscópico à hipófise pela via transesfenoidal, apresentando as estruturas referenciais para o acesso, desde o preparo da cavidade nasal até a ressecção do adenoma.

MÉTODO

Consiste numa revisão bibliográfica baseada em artigos científicos acessados na base de dados BIREME, em que foi usada como palavra chave o termo: ‘’endoscopia transesfenoidal’’, sem a utilização de filtros, onde foram encontrados 42 artigos, dos quais 6 foram incluídos, pois explicavam minuciosamente acerca da abordagem cirúrgica, excluindo do estudo aqueles artigos que estavam duplicados, incompletos ou com temática diversa do objetivo do estudo.

RESULTADOS

A anatomia nasal permite que o trajeto cirúrgico do endoscópio seja realizado por uma das narinas, entre a cabeça da concha nasal inferior e o septo nasal, o primeiro passo é embeber a região com adrenalina, o que gera vasoconstrição dos vasos da região e reduz hemorragias, propiciando um melhor campo visual durante o procedimento. Uma vez que ocorreu a vasoconstrição, localiza-se a abertura do óstio do seio esfenoidal, cujo os pontos de referência são o arco coanal e a cauda da concha nasal superior. Quando este não é visível, desloca-se a cauda da concha superior e a concha suprema lateralmente, palpando-se a região com suavidade até encontrar o ponto de menor resistência, correspondente ao óstio do seio esfenoidal. Após isso, remove-se parte do septo nasal posterior, o suficiente para que se obtenha o acesso aos seios simultaneamente, por ambas as fossas nasais e, então obter acesso ao seio esfenoidal, que é posterior a base menor da pirâmide, e é delimitado lateralmente pela parede da cavidade nasal, superiormente pela proeminência do nervo óptico, inferiormente pela proeminência óssea que recobre o segundo ramo do nervo trigêmeo, enquanto o seu teto é formado pelo plano esfenoidal e o assoalho e a parte anterior é formada pelo clivos e rostrum esfenoidal, respectivamente. Realiza-se então a abertura do assoalho selar, seguido pela abertura da dura-máter a partir desse ponto, já se pode explorar a sela, retirando o adenoma, os seus restos e orifícios que têm grande possibilidade de gerar fistulas liquóricas. Na presença das fístulas, faz-se a reconstrução da sela com o tamponamento, usando material hemostático absorvível e gordura removida da região peri-umbilical, utilizando cola biológica como fixador. Durante o procedimento é necessário ter bastante cautela com algumas estruturas importantes, como o nervo óptico, a artéria carótida interna e o ramo maxilar do nervo trigêmeo.

CONCLUSÕES

Dessa forma, vê-se que o acesso endoscópico para tal cirurgia a torna menos invasiva quando comparada às craniotomias convencionais ou acessos sublabiais realizados para o mesmo tratamento, anteriormente ao surgimento da técnica endoscópica, de forma que diminui o tempo de abordagem cirúrgica, a mortalidade e o desconforto para o paciente no pós-operatório.

Área

MISCELÂNEA

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

Luan Mateus Rodrigues Sousa, Francisco Daniel Nunes Cruz, Artur Neves Cardoso, Pedro Alves de Figueiredo Neto, Otávio Santiago Rocha, José Aderval Aragão