TÍTULO

PANORAMA DAS INTERNAÇOES POR CANCER DE PROSTATA E A REALIZAÇAO DE PROSTATECTOMIA COMO TRATAMENTO NO BRASIL NO PERIODO DE 2013 A 2017

OBJETIVO

Identificar o perfil das internações por câncer de próstata nas regiões brasileiras no período de 2013 a 2017, identificar as regiões mais prevalentes; a relação com a idade, etnia, o caráter de atendimento (urgência ou eletivo); o regime do procedimento (público ou privado), número de procedimentos e a taxa de mortalidade no período de 5 anos.

MÉTODO

Estudo ecológico e descritivo. O levantamento de dados deste estudo ocorreu a partir de resultados obtidos através das Informações de Saúde (TABNET) e do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS) no período de 2013 a 2017. A revisão de literatura ocorreu através das bases de dados dos portais PubMed e SciELO.

RESULTADOS

No Brasil, ocorreram 144.440 internações por CA de próstata e 15.571 prostatectomias em oncologia. A região Sudeste apresentou os maiores registros em ambos os casos com 75.663 (52,38%) e 7.048 (45,26%), respectivamente. A região com menor número geral em ambos foi a região Norte, com 3.837 (2,65%) e 257 (1,65%), respectivamente. A faixa etária com maior prevalência de CA foi entre 60 a 69 anos (38,45%), seguida pelos de 70 a 79 anos (31,55%). Já a etnia que se destacou com maior número de neoplasia maligna de próstata foi a Branca (38,32%), seguida pela Parda (36,8%), e com o menor número a etnia Indígena (0,01%). Considerando as prostatectomias, 80,20% foram eletivas e 19,79% de urgenciais. Além disso, em 43,56% das cirurgias registradas, o regime em que foi realizado foi ignorado. O restante, 39,09% ocorreu em regime privado, e 17,33% em público. A taxa de mortalidade desse procedimento cirúrgico nos 5 anos foi de 0,46, destacando-se com a maior taxa no Norte, com 1,17 e com a menor, de 0,11, no Centro-Oeste.

CONCLUSÕES

O perfil das internações por câncer de próstata no Brasil consiste num homem Branco entre 60 a 69 anos, morador da região Sudeste. Foi identificado que apenas 10,78% das internações obtiveram intervenção cirúrgica, sendo a maioria eletiva e em sistema privado. Visto também que a maior taxa de mortalidade se encontra na região Norte, evidenciando a necessidade de uma maior atenção do Governo nessa região, além de medidas políticas e sociais para uma melhor qualidade de vida dessa população.