Dados do Trabalho


TÍTULO

COMPARATIVO DO NUMERO DE ÓBITOS APOS A INTERNAÇÃO POR DOENÇAS DO APÊNDICE DE DEZEMBRO DE 2008 A DEZEMBRO DE 2018 EM REGIÕES DO BRASIL

OBJETIVO

O apêndice cecal consiste em uma extensão tubular localizada no ceco e que termina em fundo cego. Por anos, foi descrito como órgão meramente vestigial, sem função definida. Contudo, novas evidencias apontam que o apêndice funciona como uma safe house para a flora comensal, facilitando a recolonização intestinal no caso de um clareamento da flora, como ocorre, por exemplo, em diarreias aquosas importantes. O apêndice pode ser sede de uma serie de afecções, neoplásicas e não neoplásicas. A apendicite aguda é a mais frequente delas. Considerada a principal afecção cirúrgica abdominal, com uma incidência de aproximadamente 233 casos a cada 100 mil habitantes nos Estados Unidos. Tem como principal fator etiológico a obstrução da luz apendicular. Esta obstrução pode ser causada por fecalitos impactados. No entanto, várias outras causas podem estar relacionadas. Cálculos, parasitas, hiperplasia linfoide e tumores benignos e malignos também estão envolvidos na patogênese da doença. Por isso, visamos comparar o número de óbitos após a internação por doenças do apêndice de dezembro de 2008 a dezembro de 2018 em regiões do Brasil.

MÉTODO

Realizado um estudo epidemiológico retrospectivo com análise comparativa baseado nos dados de internação e óbitos por doenças do apêndice registrados no DATASUS durante o período de dez/2008 a dez/2018 nas macrorregiões brasileiras.

RESULTADOS

Foram registrados na região norte 102.864 internações, 335 óbitos, com prevalência de 0,32%. Na região nordeste 227.940 internações, 978 óbitos, com prevalência de 0,43%. Na região sudeste 438.019 internações, 1.823 óbitos, com prevalência de 0,41%. Na região sul 222.820 internações, 535 óbitos, com prevalência de 0,24%. Na região centro-oeste 97.325 internações, 344 óbitos, com prevalência de 0,35%.

CONCLUSÕES

O número de óbitos na região nordeste apresentou uma maior prevalência em relação as outras regiões do pais, tendo uma discrepância de 19% a mais em comparação com a região sul, a qual apresentou uma menor prevalência. A região sudeste tendo apresentado uma alta prevalência obteve discrepância de 17% em relação a região sul, as regiões norte e centro-oeste apresentaram menores prevalências em relação a nordeste e sudeste. Observa-se então através deste estudo de dados que ainda e necessário novos estudos para determinar o motivo que leva a região nordeste e sudeste possuírem uma maior prevalência de óbitos em relação as outras regiões do pais, para se determinar quais os pontos falhos no sistema de saúde destas regiões e promover suas melhorias.

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

Universidade de Gurupi - UNIRG - Tocantins - Brasil

Autores

Mariana Alves de Moura , Denis Ricardo Faria Gurgel, Daniel Laureano de Castro, Kleyton Roberto Lira Silva, Eros Silva Claúdio, Kamilla Godoi Pires, Thallita Alves dy Lucena