Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO: APENDICECTOMIA CONVENCIONAL EM UM HOSPITAL MILITAR

INTRODUÇÃO

A apendicite aguda apresenta uma prevalência aproximada de 7% em toda a população mundial, sendo a primeira etiologia de abdome agudo. A apendicectomia é o tratamento padrão-ouro, uma vez que é a terapia que mais evita complicações¹. A inflamação aguda do apêndice cecal deve ser considerada em caso de dor abdominal aguda. No Ocidente, o risco de homens desenvolverem essa doença é de 8,6%, e mulheres de 6,7%². O presente trabalho objetiva expor um caso envolvendo apendicectomia convencional, conduzido em um hospital militar (Hospital das Forças Armadas).

RELATO DE CASO

Paciente EMS, sexo masculino, 19 anos de idade, deu entrada em novembro de 2018 no HFA com quadro de dor em hipogastro e Fossa Ilíaca direita (FID) de início há 13 horas, associada a hiporexia, dor a palpação de mesogastro e FID, defesa abdominal, sinal de Blumberg presente, leucograma de 12300/mm³, com 2% de bastonetes e Proteína C Reativa de 3,5 mg/dl. Tomografia Computadorizada de Abdome Total evidenciou apêndice espessado, medindo 12 mm, com espessamento parietal e realce após a injeção de contraste. Foi então submetido a apendicectomia convencional à Rockey-Davis, e a peça cirúrgica foi enviada ao setor de Patologia para análise. Apresentou uma evolução favorável, recebendo alta hospitalar no 2º Pós-Operatório (PO). O resultado histopatológico confirmou apendicite aguda supurativa, e o paciente recebeu alta ambulatorial no 27º PO.

DISCUSSÃO

A apendicectomia é uma das operações mais realizadas no mundo, e a incidência de apendicite aguda tem apresentado aumento crescente no Brasil³. Acredita-se que o fator mais relacionado com a etiologia dessa doença em pacientes menores de 20 anos (como no caso relatado) é obstrução luminal do apêndice cecal¹. É de suma importância aventar essa hipótese diagnóstica em paciente jovem com apresentação clínica típica (por exemplo, dor abdominal, defesa abdominal, sinal de Blumberg presente, leucocitose). O tratamento cirúrgico continua sendo a terapêutica mais indicada para essa doença, tendo o potencial de evolução clínica favorável, como no caso exposto.

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS - Distrito Federal - Brasil

Autores

José Miguel da Silva Maciel Júnior