Dados do Trabalho
TÍTULO
TUMOR HEPATICO EM PACIENTE SEM FATORES DE RISCO.
INTRODUÇÃO
O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é o câncer primário
maligno de fígado mais comum, e a terceira neoplasia que mais causa morte
no mundo. Tem grande incidência em pessoas com idade acima de 45 anos
com alguma doença hepática crônica 1 . Sendo as mais comuns hepatite B,
hepatite C e cirrose hepática.
RELATO DE CASO
J.R.O., 57 anos, sexo masculino, casado, 02
filhos, lavrador, natural de Boa Vista-RR, procedente e residente de Cantá-
RR. Nega histórico de HAS e DM, uso de tabaco e etilismo pesado. Nega
histórico de câncer na família. Relata que há dois meses procurou o PSF em
Boa Vista-RR, com quadro de inapetência, emagrecimento, dispneia e
ictérico. Foi encaminhado ao Hospital Geral de Roraima (HGR) onde foi
solicitado internação no dia 28/09/2018 com quadro de inapetência há 3
meses e icterícia há 15 dias. Apresentava exames particulares com elevação
de bilirrubinas à custa de direta e indireta, hepatites B e C não reagente. Ao
exame apresentava icterícia 4+/4+, abdome globoso, distendido, indolor a
palpação, sem peritonite e com hepatomegalia. Foram realizados exames de
imagem: RNM coluna lombar (02/08/2018), USG de ABD no dia 30/09/2018,
colangioRNM no dia 04/10 e TC de ABD no dia 16/10/2018. Todos
evidenciando uma massa sólida nos segmentos hepáticos I, V e VIII com
provável metástase para coluna lombar. Realizado cintilografia óssea trifásica
(23/10/2018): Reações osteoblásticas nas vértebras L2, L3 e L4. E no dia
14/11/2018, foi realizada a biópsia hepática onde se concluiu CHC. Paciente
foi encaminhado aos cuidados da oncologia no dia 28/11/2018 restrito ao
leito, em anasarca, ictérico (4+/4+) e elevações de enzimas hepáticas. O
serviço de oncologia relatou paciente com doença neoplásica avançada e em
insuficiência hepática sem condições clínicas para quimioterapia paliativa.
Recebeu alta hospitalar para seguimento de cuidados paliativos em casa. Em
meados de Janeiro de 2019, paciente faleceu.
DISCUSSÃO
Percebe-se que o CHC é uma neoplasia que necessita
ser diagnosticada e estadiada de forma precocemente para seu melhor
manejo. Observando-se que a ressecção hepática está associada a melhores
resultados do que a quimioembolização transarterial, porém, é necessário
ainda não ter ocorrido metástase e o tumor seja menor que 5 cm, associado
ao nível cirrótico do paciente, pois assim, espera-se melhor avaliação para
possível tratamento e sobrevida que gira em torno de 6 a 20 meses.
Área
FÍGADO
Instituições
Hospital Geral de Roraima - Roraima - Brasil
Autores
Levindo Alves de Oliveira, KYLDERY WENDELL MOURA CAVALCANTE, Givaggo Henrique Rodrigues da Silva, Marcello Santos da Silva, Pedro Gomes Lins de Carvalho, Hikaro Vinicius Galvão Dantas, Rafaela Xaud Rodrigues, Danilo Jonas SIlva Friaça