Dados do Trabalho
TÍTULO
ANALISE DA MORTALIDADE POR AGRESSAO EM IDOSOS NO TOCANTINS E NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2017
OBJETIVO
A agressão contra idosos abrange as lesões físicas, a negligência e abandono, em pessoas com 60 anos ou mais. No Brasil, o idoso ainda é visto como um peso social, o que favorece agressões. Por ocorrer em um ambiente mais reservado, há uma banalização deste tipo de violência, a qual permite o crescimento da subnotificação e dificulta uma ação preventiva e assistencial. Uma vez que há escassez de trabalhos que retratem a realidade da agressão contra idosos no Tocantins, este estudo visa proporcionar arcabouços epidemiológicos para fundamentação de melhores ações em saúde para o estado.
MÉTODO
Estudo descritivo das taxas de mortalidade por agressão em idosos no estado, em comparação com o Brasil e suas regiões, a partir de dados secundários disponibilizados por meio do portal eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, a partir de taxas de mortalidade dos anos de atendimento de 2015 a 2017.
RESULTADOS
No Brasil, a taxa de mortalidade (número de óbitos por 1000 habitantes) por agressão contra idosos reduziu entre 2015 e 2017 (7,74; 7,25 e 6,39, respectivamente), enquanto no Tocantins houve uma acentuada redução entre 2015 e 2016, de 22,22 para 7,14, mas em 2017 ela aumentou, sendo 7,69. A região Sudeste apresentou a maior taxa em 2015 (9,33) e 2017 (7,86), enquanto a região Norte ficou com esta colocação em 2016 (10,14). Contrariando a literatura, os homens foram as maiores vítimas das agressões no Brasil entre 2015 e 2017, com 8,40, 8,59 e 7,54, respectivamente, contra 6,17 (2015), 3,79 (2016) e 3,29 (2017) das idosas. No Tocantins, não há registro de agressão em idosas em 2016 e 2017, mas em 2015 esta taxa é maior (50) do que a taxa dos homens idosos (18,75).
CONCLUSÕES
No Tocantins, verificou-se reduções significativas em um primeiro momento, seguidas por um aumento na taxa de mortalidade por agressão contra o idoso em 2017, a qual poderia sugerir uma mudança do quadro de subnotificação, uma vez que em todo o país houve queda. No entanto, a falta de notificações de agressão em idosas e a prevalência masculina no estado também revelam a ineficiência do registro. O Tocantins vem acompanhando o Brasil na redução da mortalidade por agressão contra idosos, com exceção de 2017. A subnotificação é uma realidade que deve ser considerada, tendo influência nesses resultados. Todavia, notificar e analisar tais dados idosos é fundamental para delinear o planejamento de estratégias que visam reverter essa realidade, considerando sempre a sua limitação.
Área
TRAUMA
Instituições
UFT - Tocantins - Brasil
Autores
Rita Albuquerque Lima, Bárbara Veloso de Deus, Pedro Miranda Portugal Junior, Henrique Francisco Santana, Isabella Vilane Braga Saboia Rythowem, Henrique Lorenzeto Cardoso, Walner Jorge Brito , Pedro Manuel Gonzalez Cuellar