Dados do Trabalho
TÍTULO
SINTOMATOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NA INDICAÇÃO CIRÚRGICA EM PACIENTES COM SUSPEITA DE APENDICITE AGUDA EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA- BA.
OBJETIVO
Correlacionar exames de imagens à duração sintomatológica e sua indicação cirúrgica, em pacientes com suspeita de apendicite aguda.
MÉTODO
Esse é um estudo observacional retrospectivo em que foram analisados 72 prontuários de pacientes submetidos à apendicectomia no Hospital Geral Ernesto Simões Filho, em Salvador, no período de 2017 a 2018. As variáveis analisadas foram: sintomatologia e sua duração, para qual a amostra foi estratificada nos seguintes períodos: 1-3 dias, 4-7 dias e 1-2 semanas; exames realizados e indicação cirúrgica. Para avaliar os dados, foi feita análise estatística simples e descritiva através do Microsoft Excel 2017.
RESULTADOS
De acordo com as sintomatologias apresentadas, 67 (93%) dos pacientes (pctes) desenvolveram dor em quadrante inferior direito e em fossa ilíaca direita, 42 (58%) pctes apresentaram dor à descompressão brusca, 14 (19%) pctes relataram dor migratória, 47 (65%) pctes referiram vômitos, sendo que 43 (59%) pctes mencionaram náusea, 18 (25%) pctes alegaram anorexia e 7,6% dos pctes evoluíram com febre (temperatura > 37,3º Celsius). Referente à estratificação da duração dos sintomas, foram encontrados 48 (66,7%) pctes no primeiro período, 19 (26,4%) pctes no segundo e 5 (6,9%) pctes no terceiro. Neste último, observou-se que o exame clínico sozinho não foi suficiente para motivar indicações cirúrgicas, porém, quando associado aos exames de imagens, dos quais destacam-se ultrassonografia e Tomografia Computadorizada, resultaram 5 (100%) necessidades cirúrgicas. Todavia, no primeiro grupo (1-3 dias), cerca de 11 pacientes foram diagnosticados exclusivamente pela avaliação clínica, correspondendo a 22,9% das indicações. É interessante notar que ao associar outros tipos de recursos diagnósticos, excetuando àqueles exames de imagens ao exame clínico, ocasionaram 18 (37,8%) indicações de cirurgias. Sendo este, resultado igual encontrado quando utilizado em combinação aos exames de imagens. Enquanto que os não referidos corresponderam a 2,1%. Ao avaliar o segundo período (4-7 dias), constata-se que 15% desse grupo foi submetido ao tratamento cirúrgico somente pela avaliação clínica. Entretanto, com auxílio de diagnósticos por imagem, resultaram em 15 (75%) indicações cirúrgicas. Contudo, ao correlacionar outras abordagens excluindo exames de imagens, estas embasaram apenas 1 (5%) indicação para abordagem cirúrgica.
CONCLUSÕES
Verifica-se que, no grupo com maior período de duração dos sintomas (1-2 semanas), houve uma maior taxa de indicação de apendicectomias através do auxílio dos exames de imagem. Já nos outros 2 grupos (com duração de sintomas de 1-3 e 4-7 dias), obtiveram maior indicação cirúrgica motivada pela avaliação exclusivamente clínica. Estes, ao serem submetidos com maior rapidez, evidenciaram a efetividade da avaliação sintomática, através de mínimos recursos, objetivando à indicação cirúrgica. Portanto, nota-se um pequeno contraste entre esses 3 grupos.
Área
URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS
Instituições
Hospital Geral Ernesto Simões Filho - Bahia - Brasil
Autores
PERLLA CERQUEIRA COUTO, JUDAH LEÃO BAROUH, MATHEUS SENA ROCHA