Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA MORBIDADE DE NEOPLASIA MALIGNA DE PELE NA REGIAO METROPOLITANA DE BELEM, PA, NO PERIODO DE JANEIRO DE 2015 A DEZEMBRO DE 2018.
OBJETIVO
Identificar o perfil epidemiológico da morbidade de neoplasia maligna da pele na região metropolitana de Belém, PA, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2018.
MÉTODO
Estudo epidemiológico e descritivo baseado nos dados disponíveis pelo DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares – SIHSUS, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2018. As informações captadas foram tabuladas para melhor compreensão e, posteriormente, analisadas. As variáveis do trabalho abordaram sexo, idade, cor/raça, tipo de internação e número de óbitos.
RESULTADOS
O câncer de pele é uma doença provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e é o mais frequente no Brasil, representando cerca de 33% de todas as neoplasias malignas registradas no país. O câncer de pele é dividido em dois tipos, sendo eles não melanoma e melanoma. O câncer de pele não melanoma apresenta diferentes tipos de tumores, sendo os mais frequentes o carcinoma basocelular (o mais comum e também o menos agressivo) e o carcinoma epidermoide. Já o tipo melanoma é o mais grave, em virtude de sua maior chance em provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). Segundo os dados do SIHSUS, dos 680.029 pacientes internados, 279.278 eram do sexo masculino (41,07%), enquanto 400.751 eram do sexo feminino (58,93%). Quanto ao critério idade, foi encontrada prevalência da faixa etária entre 20-29 anos, representado por 152.852 internações (22,48%). Em relação ao tipo de população, 356.168 eram pardos (52,38%), 12.902 brancos (1,90%), 5.881 negros (0,86%), 3.034 amarelos (0,45%), 123 indígenas (0,01%) e 301.921 internações sem informação (44,40%). Quanto ao tipo de internação, 579.506 foram internados em caráter de urgência (85,22%), 100.520 de forma eletiva (14,78%) e 3 internados por outros motivos. O número de óbitos no período foi de 25.199 pacientes.
CONCLUSÕES
Todos os casos de câncer da pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes. A partir do exposto neste trabalho, conclui-se que a maioria das internações por motivo de neoplasia maligna da pele na região metropolitana de Belém no período avaliado foram de urgência, sendo caracterizadas por pacientes do sexo feminino, na faixa etária de 20-29 anos, de cor parda, sendo que 25.199 pessoas foram a óbito. Sabe-se que os pacientes com neoplasia de pele necessitam de uma equipe multiprofissional, onde além do cirurgião plástico e o dermatologista, atuam também o cirurgião oncológico, cirurgião de cabeça e pescoço, o cirurgião vascular e o oncologista clínico, participando ativamente no tratamento desta doença. Em casos de doença avançada, podem participar desta equipe também psicólogos e profissionais especializados em dor.
Área
CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)
Instituições
Centro Universitário do Estado do Pará - CESUPA - Pará - Brasil
Autores
Matheus Gonçalves Maués, Michelle Gonçalves Maués, Victória de Jesus Athayde Amin, Ian Chaves Daher, Einar Afonso Fried dos Santos, Gabriela Athayde Amin, Alessandra Barros Dysarz