TÍTULO

ATUAÇAO DAS LIGAS ACADEMICAS DE CIRURGIA PLASTICA NA CAMPANHA NACIONAL DE PREVENÇAO DE QUEIMADURAS NO ANO DE 2018

OBJETIVO

Descrever a atuação das ligas acadêmicas de cirurgia plástica associadas à Associação Brasileira das Ligas de Cirurgia Plástica na Campanha Nacional de Prevenção de Queimaduras. Buscando assim, evidenciar a amplitude de ação das ligas acadêmicas em ações de prevenção primária em todo Brasil.

MÉTODO

Tratou-se de um estudo descritivo, com obtenção de dados secundários. Referentes aos relatórios de ação enviados pelas ligas associadas à ABLCP na campanha de 2018, totalizando 21 relatórios. Foram excluídos do trabalho os registros duplicados ou com informações incompletas das variáveis analisadas. As variáveis de análise foram: cidade e estado, turno, duração, local, material utilizado, número de ligantes presentes, número de outros acadêmicos presentes, público atendido, participação do orientador da liga na atividade, dificuldades encontradas e sugestões à ação.

RESULTADOS

Foram analisados os relatórios de 21 ligas, dispostas em 10 estados e 16 cidades. O turno matutino foi o utilizado em 15 ligas (71,4%), seguido por 4 vespertinos (19%) e 2 integrais (9,6%). A duração das ações variou entre 3 e 10 horas, sendo a média 3,78 horas.
Os locais mais frequentes foram: parques em 11 casos (52,4%), praças em 5 casos (23,8%) e hospitais em 2 casos (9,5%); mercados, praias e shoppings foram escolhidos em apenas 1 caso (4,8% cada). A respeito dos materiais utilizados os folders estiveram presentes em 21 ações (100%), os banners em 13 ações (61,9%), os cartazes em 6 ações (28,6%), 1 ação (4,8%) utilizou maquiagem em atores e 1 ação (4,8%) fez distribuição de amostras de protetor solar.
Ao total 231 ligantes participaram da campanha em todo o Brasil. Acadêmicos de medicina, não ligantes, participantes na campanha totalizaram 99 alunos. A média de público atendido foi de 225,4 pessoas por ação, correspondendo à 4.733 pessoas no total.
Os professores orientadores participaram da campanha em 16 casos (76,2%); contribuindo na elaboração da atividade em 14 casos (66,7%), estando presentes em 4 casos (19,0%), não participaram em 3 casos (14,3%) e não responderam em 2 casos (9,5%). As principais dificuldade encontradas foram: custo dos materiais e dificuldade na abordagem em 8 ações cada (38,1%) e poucos ligantes em 6 ações (28,6%); seguidos por dificuldade em manter o espectador, pouco público, autorização para utilização do espaço, indisponibilidade de local e chuva.
As principais sugestões foram: padronização do material da campanha em 11 casos (52,4%), manual de como abordar o público em 1 caso (4,8%) e maior frequência da campanha em 1 caso (4,8%). Não houve sugestões em 8 casos (38,1%).

CONCLUSÕES

Houve uma mobilização expressiva de 330 estudantes de medicina em todo território nacional, informando e educando 4733 participantes. A presença dos professores-orientadores na ligas demanda melhora, cerca de um quarto (23,8%) não participaram de nenhuma etapa de construção da campanha. Para atingir melhores resultados faz-se necessária a padronização e capacitação dos estudantes em futuras ações.