TÍTULO

AMPUTAÇAO ABDOMINOSSACRAL + VRAM PARA TUMOR DE RETO LOCALMENTE AVANÇADO: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O tumor de reto localmente avançado é caracterizado pela aderência ou invasão do tumor primário a órgãos ou estruturas vizinhas. Nos tumores de reto localmente avançado que invadem a região sacral, as lesões são complexas e necessitam de cirurgias extensas, precisando quase sempre de rotação de retalhos miocutâneos para correção de extensos defeitos, um desses é o retalho vertical reto abdominal miocutâneo - VRAM.

RELATO DE CASO

ARS, masculino, 52 anos. Paciente com tumor localmente avançado de reto, que fez colostomia em 11/2015 e realizou neoadjuvância com Xeloda e radioterapia 50,4 Gy. Foi submetido a nova cirurgia em agosto de 2016, onde foi considerado não ressecável, devido à invasão vascular e do forame obturatório. Começando quimioterapia paliativa com FLOX, 4 ciclos, com resposta parcial, quando foi proposto uma cirurgia de resgate. No dia 28/04/2017 foi submetido a exenteração pélvica total com extensão pélvica bilateral e colostomia úmida em alça , com VRAM e sacralectomia a nível de S3. A cirurgia foi R0, sem sangramento importante e com boa evolução e alta no 14º DPO.

DISCUSSÃO

Nesses pacientes, a realização de cirurgia alargada por meio de ressecção multivisceral em bloco constitui a melhor alternativa para prover perspectivas de cura. Com a cirurgia extensa, vem a necessidade da cirurgia de rotação de retalhos miocutâneos para a correção de extensos defeitos, a qual foi feita por meio do retalho vertical reto abdominal miocutâneo.
São várias as complicações de cirurgias extensas para tumores de reto avançado, como complicações pós-operatória, infecção da parede abdominal, íleo prolongado e deiscência da anastomose. Porém, como visto no relato, para doentes bem selecionados, a cirurgia ultrarradical pode trazer benefícios.