Dados do Trabalho


TÍTULO

COLEDOCOLITIASE NO POS-OPERATORIO TARDIO DE CIRURGIA BARIATRICA: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

Os autores relatam caso de coledocolitíase em paciente previamente submetida às cirurgias bariátrica e colecistectomia, com o objetivo de chamar a atenção para a desafiadora abordagem terapêutica do colédoco, diante da limitação para o emprego de métodos endoscópicos usuais.

RELATO DE CASO

Paciente feminina, 50 anos, consulta queixando-se de mal-estar vago, dor epigástrica e icterícia surgidas nos últimos 30 dias, associadas a náuseas, acolia e colúria. Há quatro anos fora submetida à cirurgia bariátrica pelo método de bypass gástrico à Capella, com reconstrução em Y-de-Roux. Há um ano, foi submetida à colecistectomia por colelitíase sintomática. Ao exame, bom estado geral, ictérica 4+/4, dor à palpação epigástrica. Exames laboratoriais apontaram hemoglobina 12g/dL, bilirrubina total 12g/dL (bilirrubina direta 9,8g/dL). Ecografia abdominal total evidenciou dilatação de vias biliares intra- e extra-hepáticas, colédoco com 1,2cm de diâmetro contendo cálculo impactado na porção distal. Diante das modificações anatômicas decorrentes da cirurgia bariátrica, não houve alternativa para tentativa de abordagem endoscópica da via biliar. Optado então por abordagem cirúrgica, com exploração do colédoco, remoção de cálculos e anastomose biliodigestiva em Y de Roux, utilizando-se para a hepaticojejunoanastomose a alça alimentar, reimplantada para confecção de enteroenteroanastomose. Paciente apresentou boa evolução pós-operatória, recebendo alta no quarto dia de pós-operatório, sem complicações cirúrgicas.

DISCUSSÃO

No caso relatado, optou-se pela abordagem terapêutica da cirurgia, e não endoscópica, para o tratamento efetivo da icterícia obstrutiva por coledocolitíase, devido às alterações anatômicas prévias decorrentes de cirurgias as que a paciente submeteu-se. Com o aumento da prevalência da obesidade, tornam-se mais corriqueiras complicações tais como colecistite e coledocolitíase, e, diante da ausência de métodos não invasivos eficazes, a cirurgia permanece como opção efetiva de tratamento terapêutico para a coledocolitíase, podendo ser realizada via aberta ou laparoscópica.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Vinícius Castro Pilger, Daniel Weiss Vilhordo, Ricardo Breigeiron, Hamilton Petry de Souza, Gustavo Lazaroto Swarowsky, Cecília Mazzoleni Facchini, Marina Rosso Martins