TÍTULO

PERFIL E EVOLUÇAO DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDIOVASCULAR NOS ANOS DE 2017 E 2018 EM UM HOSPITAL PRIVADO DO DISTRITO FEDERAL

OBJETIVO

Devido ao alto índice de pessoas com distúrbios e complicações cardiovasculares, sendo o maior causador de óbitos no mundo, este estudo tem por objetivo analisar o perfil e evolução de pacientes submetidos a cirurgia cardíaca nos anos de 2017 e 2018 através de análise retrospectiva descritiva.

MÉTODO

Foi feito um estudo retrospectivo descritivo, com todos os pacientes submetidos a cirurgia cardíaca, que tiveram admissão na Unidade de Terapia Intensiva no pós ou pré-operatório. Para levantamento estatístico foi utilizado o banco de dados Epimed da unidade com avaliação no período entre 1 de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2018.

RESULTADOS

Foram avaliados 60 pacientes sendo 43 (72%) do sexo masculino e 17 (28%) do sexo feminino. Com idade média de 66 anos, a média do Índice de Massa Corporal (IMC) encontrado foi de 27,5 ou seja mais da metade dos pacientes estão na linha do sobrepeso ou acima. Dentre as cirurgias avaliadas, 47 (78%) foram de revascularização do miocárdio, 7 (12%) Trocar valvar, 2 (3%) Correção de aneurisma e 4 (7%) Outros tipos de procedimentos cirúrgicos cardíacos. Na admissão na unidade de terapia intensiva foi optado por usar escores para avaliar a disfunção orgânica e prognostico na unidade, sendo eles: SOFA (Sequential Organ Failure Assessment), SAPS 3 (Simplified Acute Physiology Score) e para avaliação de comorbidades o CHARLSON. Outros dados de extrema importância são as comorbidades que esses pacientes já apresentavam antes da admissão no hospital, 73% apresentavam complicações cardiovasculares e 73% distúrbios endócrinos ou metabólicos, como por exemplo, a diabetes. Dentre os pacientes avaliados, tivemos de SOFA uma média de 4 pontos, SAPS 3 com média de 39 pontos e CHARLSON média de 1 ponto. A mortalidade nestes pacientes foi de apenas 3% (2 pacientes) e 97% tiveram alta da unidade de terapia intensiva, com tempo médio de internação em UTI de 6 dias para os pacientes que foram a óbito e de 4 dias para os demais pacientes.

CONCLUSÕES

Nesta coorte, as cirurgias cardíacas apresentaram baixa taxa de mortalidade, assim como, comorbidades. O estudo foi condizente com a literatura que mostra que a maior porcentagem de cirurgias é de revascularização do miocárdio, seguido das trocas valvares e que as complicações cardiovasculares estão intimamente ligadas a qualidade de vida e hábitos dos pacientes, sendo de grande importância para um bom prognóstico.