Dados do Trabalho


TÍTULO

REVISAO DA EFICACIA DOS TIPOS DE TRATAMENTOS ENDOSCOPICOS PARA O SANGRAMENTO DE ULCERA PEPTICA

OBJETIVO

Analisar as técnicas endoscópicas existentes para o tratamento do sangramento de úlceras pépticas bem como comparar a eficácia entre elas.

MÉTODO

Revisão integrativa da literatura, com consulta nos bancos de dados "Scientific Eletronic Library Online", "PUBMED", "DYNAMED", “LILACS” e “DATASUS”. Utilizou-se os conectores "peptic ulcer”, “endoscopya". Foram encontrados 23 artigos nos idiomas português, inglês e espanhol, dos quais 06 artigos, entre os anos de 2008 e 2017, contemplaram o objetivo da pesquisa.

RESULTADOS

As Úlceras Pépticas (UP) ocorrem por um desequilíbrio entre os mecanismos de defesa e os fatores de agressão à mucosa. Podem ser divididas em 2 grupos: primárias e secundárias. As primárias geralmente estão associadas à infecção pelo H. pylori; normalmente têm curso clínico crônico. As secundárias costumam ter curso clínico agudo; geralmente estão relacionadas a mecanismos patogênicos de uma doença de base. As complicações referentes às UP mais frequentes são a Hemorragia Digestiva Alta (HDA), que ocorre em até 15% das úlceras, seguida pela perfuração (até 7% dos pacientes com UP). As técnicas de hemostasia utilizadas para o tratamento das lesões por UP são: infiltração, eletrocoagulação (método térmico) e colocação de “clip” (método mecânico). A utilização de “clips” metálicos apresenta alguns resultados conflitantes. Um dos primeiros estudos publicados comparou o uso de “hemoclips” com “heater probe” (método térmico), demonstrando baixas taxas de ressangramento (1,8% vs 21%); porém estudos posteriores chegaram a resultados com falha do tratamento em 13 de 35 pacientes do grupo “hemoclips “ versus 5 de 34 que utilizaram injeção e 8 dos 32 pacientes do grupo de terapia combinada. Em estudo que comparou-se as duas técnicas, associados ao método de injeção em ambos os grupos, obteve que de 185 casos analisados, 97 com heater probe e 88 com APC, não houve diferença quanto a ressangramento, operação de emergência, transfusão sanguínea, tempo de internação hospitalar e taxa de mortalidade. Já em relação a terapia combinada num total de 16 estudos aleatorizados, envolvendo 1673 pacientes, esta levou à redução das taxas de ressangramento de 18,4% a 10,6% e da necessidade de operação de emergência de 11,3% para 7,6%. A taxa de mortalidade foi reduzida de 5,1% a 2,6%.

CONCLUSÕES

Sangramentos provocados por UP apresentam, na maioria dos casos, os tratamentos endoscópicos como os de primeira opção por serem eficazes e menos invasivos, reduzindo o aparecimento de sequelas e diminuindo a taxa de mortalidade e ressangramento. A maior parte dos estudos sugere que os “clips” são mais eficazes para as úlceras agudas e com estigmas de sangramento ativo. Já as terapias térmicas, podem ser realizadas através de métodos de contato (coagulação coaptiva) ou sem contato, como no bisturi de plasma de argônio ou “Argon plasma coagulation” (APC).

Área

ESTÔMAGO E DUODENO

Instituições

CESMAC - Alagoas - Brasil

Autores

Lucas Gazzaneo Gomes Camelo, Guilherme Quirino dos Anjos, Lucas Pacheco Vital Calazans, Thiago de Moraes, Danielle Karla Alves Feitosa, Hirley Rayane Silva Balbino de Mélo, Livia Gomes Ribeiro, Leonardo Wanderley Soutinho