TÍTULO

CANCER DE BOCA E OROFARINGE: UMA ANALISE SOCIOECONOMICA E EPIDEMIOLOGICA

OBJETIVO

Analisar a prevalência e influência das características socioeconômicas e do perfil epidemiológico dos indivíduos portadores de câncer de boca e orofaringe.

MÉTODO

Foi realizada revisão bibliográfica de artigos publicados entre os anos de 2012 a 2018, usando-se os termos: câncer de boca e orofaringe, epidemiologia e fatores de risco. Usou-se também dados epidemiológicos obtidos do Instituto Nacional de Câncer (INCA) dos anos de 2014 e 2018.

RESULTADOS

Os tumores de boca e orofaringe são as neoplasias de cabeça e pescoço mais comuns, e representam significativa prevalência e mortalidade no Brasil e no mundo. Em 2018 foram estimados 14.700 casos no país, com predomínio no sexo masculino (76,1 % dos casos). Em relação ao ano de 2014 houve queda de 3,85% no numero total de casos. Os fatores socioeconômicos associados mais prevalentes são o etilismo e o tabagismo, e outros fatores vem sendo estudados, como a infecção pelo papilomavírus humano (HPV). A relação entre o tabagismo e o câncer de boca e orofaringe é bem estabelecida na literatura, em que as chances de desenvolver câncer em fumantes chegam a ser 6 vezes maiores do que em não fumantes. Quando tal hábito é associado ao etilismo, o risco chega a ser 10 vezes maior. Escolaridade e condição socioeconômica também se mostrou fator de risco, com uma chance cerca de 2,45 vezes maior de desenvolver a doença em pacientes com baixa escolaridade e vivendo em zona rural.

CONCLUSÕES

As neoplasias de cabeça e pescoço representam um sério problema de saúde pública, devido à sua alta incidência, prevalência e mortalidade. Dentre essas neoplasias, enquadra-se os tumores de boca e orofaringe, cujo predomínio esta intimamente relacionado com os hábitos de vida de cada indivíduo e também sofrem influência de algumas variáveis sociodemográficas, tais como: sexo e nível de escolaridade.