Dados do Trabalho


TÍTULO

PANORAMA DOS CASOS DE DEFEITOS CONGENITOS DO APARELHO DIGESTIVO NAS REGIOES BRASILEIRAS

OBJETIVO

Delinear uma análise estatística do panorama dos casos de defeitos congênitos do aparelho digestivo nas regiões brasileiras nos últimos 10 anos.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico descritivo com base nos dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) entre 2009 e 2018, associado a revisão de literatura nas bases de dados SCIELO, PubMed e MedLine

RESULTADOS

Os defeitos congênitos do aparelho digestivo constituem um grupo frequente de patologias que englobam anomalias ‬funcionais e/ou estruturais do desenvolvimento do feto, antes do nascimento, nas quais a etiologia é desconhecida em até 60% dos casos. Esses casos correspondem a uma parcela importante das internações hospitalares pediátricas, além de contribuírem para altas taxas de morbidade e mortalidade neonatais‬, sendo consideradas assim, um problema de saúde pública. O diagnóstico pré-natal dessas patologias é extremamente importante, pois permite orientar os nascimentos para centros capacitados para realizar o atendimento adequado - na maioria das vezes necessitando de intervenção cirúrgica - ou até mesmo interromper a gestação, nos casos associados a outras anomalias congênitas ou cromossômicas incompatíveis com a vida. Durante o período estudado a morbidade hospitalar foi de 49.847 casos, em que 99,9% deles foram representados por defeitos congênitos variados e somente 1% foi correspondente a ausência, atresia e estenose do intestino delgado. Quanto às regiões, a de maior prevalência foi a Região Centro-Oeste (200/100 mil habitantes), seguida pela Região Nordeste (95/100 mil habitantes). Quanto às outras regiões, o Sul teve o menor índice (13/100 mil habitantes), enquanto a Região Norte (31/100 mil habitantes) e a Região Sudeste (11/100 mil habitantes) obtiveram números maiores. No tocante a faixa etária, os menores de um ano compõem 50% dos casos, a infância representou 73% do total. Enquanto isso os maiores de 80 anos corresponderam a 0,9% da população estudada. Quanto ao sexo, o masculino representou 56% das internações, e o feminino 44%. Quanto à etnia, a raça branca foi a de maior número (51%), seguida da raça parda (44%); a raça indígena foi a de menor número (0,3%). A taxa de mortalidade brasileira por defeitos congênitos do aparelho digestivo foi de 3,9.

CONCLUSÕES

É significativa a prevalência de defeitos congênitos do aparelho digestivo em crianças até 1 ano de idade na região Centro-Oeste, portanto é necessário uma maior atenção a essa faixa-etária, e a principal forma de reduzir a mortalidade é o diagnostico precoce.

Área

ESTÔMAGO E DUODENO

Instituições

cesmac - Alagoas - Brasil

Autores

Túlio Barbosa Novaes, Francisco Assis Cavalcanti Neto , Williamina Oliveira Dias Pinto , Roberta Lays da Silva Ribeiro, Ethnary Monteiro Melo, Valéria Andrade Calado, Camila Gonçalves Dias Ponzi , Lourival Diniz Carvalho Neto