Dados do Trabalho
TÍTULO
ESCLEROTERAPIA COMO ABORDAGEM TERAPEUTICA EM VARIZES ESOFAGICAS
OBJETIVO
Na evolução da síndrome da hipertensão portal, a hemorragia conseqüente à ruptura das varizes esofágicas( VE) continua sendo a complicação mais temida. O tratamento da hipertensão portal é complexo e a definição da melhor estratégia depende da causa subjacente (cirrose vs. esquistossomose), da condição clínica e do momento em que é realizado, episódio agudo de hemorragia ou como profilaxia pré-primária, primária ou secundária (COELHO, et al., 2014). A escleroterapia endoscópica (EE) tem se mostrado eficaz tanto no controle como na erradicação das VE sangrantes. Embora seus resultados sejam animadores, ainda existem dúvidas quanto a eficácia dos diferentes agentes esclerosantes utilizados para sua erradicação . Assim, sua escolha está na dependência da provável eficácia, experiência prévia, complicações, disponibilidade e custo (SANTO, et al., 2015).
MÉTODO
Revisão bibliográfica em artigos nas bases de dados Scielo e PubMed, nos anos que compreendem de 2010 à 2018. As palavras chaves utilizadas foram “escleroterapia” e “Varizes esofágicas”.
RESULTADOS
Para a terapêutica endoscópica das varizes de esôfago hemorrágicas, poderá ser utilizada a escleroterapia (EVE) ou a ligadura elástica (LEVE). Ambas são efetivas no controle do sangramento varicoso agudo, tendo sucesso na hemostasia em 80 a 90% dos pacientes e na diminuição da recidiva hemorrágica (JUNIOR, et al., 2010). A escleroterapia é o tratamento endoscópico onde injeta-se um agente esclerosante (irritante) ou uma cola biológica (cianoacrilato) no interior da variz através de uma agulha (BITTENCOURT, et al., 2010). Entretanto, quando se identifica o ponto de ruptura, as punções devem acontecer acima e abaixo deste e também na variz da parede contralateral para que faça compressão sobre o ponto de sangramento, ajudando a hemostasia (JUNIOR, et al. 2010). A escleroterapia com cianoacrilato é especialmente útil no tratamento das varizes de fundo gástrico, onde apresenta melhores resultados do que a ligadura elástica, ou em casos de cirrose avançada (Child-Pugh C), onde há um distúrbio mais severo da coagulação e o risco de ressangramento das varizes é maior (BITTENCOURT, et al., 2010).
CONCLUSÕES
O risco de sangramento pela gastropatia hipertensiva portal vai aumentando paulatinamente à medida que às sessões de escleroterapia das varizes de esôfago vão se sucedendo, apesar do seu uso, a LEVE é considerada atualmente mais efetiva que a EVE para o sangramento agudo e deve ser considerado o tratamento de primeira linha, sendo superior em termos de ressangramento, efeitos colaterais e sobrevida.
Área
ESÔFAGO
Instituições
UniRV - Goiás - Brasil
Autores
Lara Dias Castro Cavalcante , Gabriel Chiarotti da Costa, Rafaela Aparecida Dias de Oliveira