Dados do Trabalho


TÍTULO

APENDICITE AGUDA EM POSIÇÃO RETROCECAL. UM DIAGNÓSTICO CLÍNICO?

OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo analisar a necessidade de realizar exames complementares em suspeitas de apendicites retrocecais e as possíveis repercussões clínicas e cirúrgicas de diagnósticos tardios.

MÉTODO

Foi realizada uma revisão sistemática de artigos de periódicos científicos nas bases de dados PubMed e Medline publicados nos últimos 5 anos na língua inglesa. Foram utilizados os seguintes descritores: “retrocecal appendectomy” e “retrocecal appendicitis”, tendo como critério de inclusão os artigos que abordavam relação clínica/diagnóstica do apêndice retrocecal.

RESULTADOS

Dos 26 artigos encontrados, foram selecionados 7 (26,9%), dos quais seis são artigos de pesquisa e um é relato de caso. A maioria dos trabalhos verifica que o diagnóstico clínico de apêndices retrocecais é de difícil realização, podendo a dor em quadrante superior ser confundida com colecistite, pielonefrite, litíase renal ou até síndrome do intestino irritável. Ademais, a descompressão brusca pode estar ausente, mesmo quando aplicada uma tensão maior. A USG de abdome é primeira opção de método complementar, entretanto, em apêndices retrocecais, seu uso torna-se limitado. Dessa forma, a Tomografia Computadorizada (TC) entra como método de escolha, trazendo achados como: apêndice retrocecal dilatado acompanhado de inflamação de gordura mesentérica adjacente. A demora no diagnóstico pode levar a complicações como perfuração e hidronefrose secundária. A TC também tem papel importante na avaliação pré-cirúrgica em abordagens laparoscópicas, sendo a presença de apêndice retrocecal um importante fator preditivo para a conversão em cirurgia aberta, evitando, dessa forma, desafios técnicos.

CONCLUSÕES

Apesar de ser possível o diagnóstico clínico de casos de apendicite aguda, faz-se necessário uma análise mais ampla em casos não típicos como os apêndices retrocecais, que além de não trazerem uma clínica convencional, na maioria das vezes, também não são visualizados na USG. Cirurgiões e radiologistas devem ter em mente que em ultrassonografias inconclusivas, não há contraindicação da abordagem tomográfica, principalmente em casos atípicos os quais o diagnóstico precoce propicia uma abordagem mais rápida e efetiva, evitando possíveis complicações

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

UNIPÊ - Paraíba - Brasil

Autores

Eduardo Alfeu Paredes, Hiago Dantas Medeiros, Pedro Paulo Assunção da Silva, Ana Beatriz Batista Neves, Marinna Karla da Cunha Lima, Glauber Melo de Araújo, Landsteiner dos Anjos Leite, Adriano Dias Trajano