Dados do Trabalho
TÍTULO
REVISAO EPIDEMIOLOGICA DE MICROCEFALIA E/OU ALTERAÇOES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) DE 2016 A 2018 NO ESTADO DE GOIAS
OBJETIVO
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve adequadamente e o perímetro cefálico apresenta medida menor que dois desvios-padrão abaixo da média específica para o sexo e idade gestacional. Considera-se microcefalia grave quando a medida dessa circunferência é menor que três desvios-padrão (CABRAL et. Al, 2015). Perímetro cefálico abaixo da média pode ser cognitivamente normal. Contudo, a maioria dos casos é acompanhado de alterações motoras e cognitivas que variam de acordo com o grau de acometimento cerebral, as crianças apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor com acometimento motor e cognitivo que ocorre em cerca de 90% dos casos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). Dentre os agentes biológicos, destaca-se a infecção por Zika vírus. Este trabalho tem como objetivo descrever as características epidemiológicas dos casos de microcefalia em nascidos vivos no estado de Goiás e calcular as prevalências em seus municípios.
MÉTODO
Trata-se de um estudo de prevalência, observacional-transversal, tendo como enfoque os casos microcefalia e suas características epidemiológicas entre 2015 até o dia 26 de Maio de 2018 no estado de Goiás, Brasil. O seguinte estudo foi realizado por meio de dados coletados através das informações de notificações disponíveis no CONECTASUS.
RESULTADOS
O CONECTASUS apontou um total de 329 notificações de microcefalia em 2015 a 2018 no dia 26 de Maio. 2016 foi o ano de maior número de casos com um total de 187, (56,83%), seguido por 2017 com 69 (20,97%) e 2018 com 56 (17,02%) notificações. Em relação aos municípios que efetivaram as notificações em 2015, Goiânia se destacou por representar 29 casos dos 56 notificados e Aparecida de Goiânia (AG) com 7 casos. Em 2016 Goiânia registrou 60 casos das 187 notificações deste ano, seguida por AG com 22 casos. Em 2017, dos 69 casos, Goiânia relatou 23 casos e AG 12 casos. Em 2018 até dia 26 de Maio, 17 notificações já foram realizadas, sendo AG responsável por 6 casos e Goiânia por 2. Em relação ao Gênero dos recém-nascidos com microcefalia e/ou alterações do SNC em 2015, 8 (47,1%) dos casos eram do sexo feminino e 9 (52,9) do sexo masculino. Em 2016, 18 (9,6%) não foram informados o sexo, 57 (30,5%) eram sexo masculino e 112 (59,9%) sexo feminino. Em 2017, do total de casos, 3 (4,3%) não foram informados o gênero, 24 (34,8%) eram sexo masculino e 42 (60,9%) sexo feminino. Em 2018, até a data analisada, 9 (52,9%) dos casos eram sexo masculino e 8 (47,1%) sexo feminino. Dos 37 casos confirmados de infecção por Zika Vírus, 33 (89,19%) ocorreram no ano de 2016 e os outros 4 (10,81) em 2017.
CONCLUSÕES
Ressalta-se que a prevalência de microcefalia atinge uma variedade de municípios do Estado de Goiás, tendo como maior número de notificações a cidade de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Atinge todos os sexos e tem sua prevalência e incidência elevada devido ao vírus Zika.
Área
MISCELÂNEA
Instituições
UniRV - Goiás - Brasil
Autores
Lara Dias Castro Cavalcante, Gabriel Chiarotti da Costa, Rafaela Aparecida Dias de Oliveira, Taylane Kemelly Macedo Lemes, Vergílio Pereira Carvalho