Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE DA MORTALIDADE DA CIRURGIA BARIATRICA NO SUS EM 10 ANOS

OBJETIVO

Analisar a taxa de mortalidade nas cirurgias bariátricas realizadas no Brasil pelo SUS em dez anos.

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo realizado a partir da coleta de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponíveis entre os anos de 2008 e 2017. As cirurgias analisadas foram: gastrectomia com ou sem desvio duodenal, gastroplastia com derivação intestinal, gastroplastia vertical com banda e gastrectomia vertical em banda. Realizou-se também uma busca nas bases Medline e Scielo com os descritores “bariatris surgery”, “obesity and surgery” e “weight loss surgery” (em português e inglês) nos períodos de 2008 a 2018. Os trabalhos resultantes foram analisados quanto a mortalidade e morbidade em cirurgia bariátrica.

RESULTADOS

A morbidade por obesidade apresentou-se em 90.504 pacientes, com crescimento entre 5 a 20% no período avaliado, prevalente no sexo feminino em 87,1%. Foram realizadas 63.094 cirurgias bariátricas, sendo 94.5% pela técnica de gastroplastia com derivação intestinal. A gastrectomia vertical em manga começou a ser realizada no SUS em 2013, sendo 1569 cirurgias realizadas com taxa de mortalidade não significativa (n=2). A gastroplastia vertical com banda também não apresenta uma quantidade de óbitos relevantes, sendo 4 das 1421 cirurgias realizadas. Esta, não obstante, apresentou um importante declínio a partir de 2012, sendo realizado apenas 19% em 2017 em relação ao número de procedimentos em 2012. Na gastrectomia com ou sem desvio duodenal, apontou-se uma mortalidade variável ao longo dos anos, chegando a 20% de taxa em 2017, entretanto, com uma pequena amostra. Ademais, a cirurgia mais realizada, gastroplastia com derivação intestinal, apresentou um significativo crescimento com o passar do tempo, sendo realizada 3,3 vezes mais em comparação com o primeiro ano analisado. Apesar disso, a taxa de mortalidade permanece constante, entre 0,13 e 0,2.

CONCLUSÕES

A obesidade é considerada uma importante desordem nutricional devido ao aumento de sua incidência. De acordo com os resultados, a gastroplastia com derivação intestinal apresentou uma importante expansão ao longo dos anos, sendo a técnica mais utilizada. Esta, de acordo com a literatura, é a técnica mais efetiva em reduzir e manter o peso. Além disso, é um procedimento seguro, com baixas taxas de mortalidade.

Área

CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA

Instituições

UNICEPLAC - Distrito Federal - Brasil

Autores

ELAINE JÚLIAN DA FONSECA, GABRIELA RAMOS DO AMARAL, ANA CLÁUDIA PERES COSTA, ANA COUTO DE MELO, DÉBORA CRISTIANE ROCHA BRAGA, NATHÁLIA LIMA DINIZ, PAULA D'AVILA SAMPAIO TOLENTINO, JORDANO PEREIRA ARAÚJO