Dados do Trabalho


TÍTULO

PANCREATECTOMIA CENTRAL COM RECONSTRUÇAO PANCREATO-GASTRICA POR METASTASE DE CARCINOMA DE CELULAS CLARAS DO RIM

INTRODUÇÃO

Metástases para a glândula pancreática são raras, representando cerca de 1% das ressecções de tumores no pâncreas. Diversos relatos tem demonstrado a peculiaridade das metástases oriundas dos carcinomas renais para o pâncreas.
Geralmente, a metástase pancreática é diagnosticada anos após a nefrectomia e os pacientes são assintomáticos. Chama a atenção o bom prognóstico dos pacientes com metástase isolada para o pâncreas, passíveis de ressecção cirúrgica, com taxas de sobrevida em 5 anos de 75%. A raridade desses casos impede uma definição clara da conduta, mas é sugerida a ressecção nos pacientes em bom estado geral, capazes de suportar uma ressecção pancreática, sem evidência de metástases em outros sítios. A pancreatectomia central é a ressecção de escolha em tumores localizados no colo ou no corpo do pâncreas, a fim de preservar o máximo de parênquima possível. Para a reconstrução, podem ser utilizadas a anastomose pancreato-gástrica ou pancreato-jejunal. Diversos autores sugerem que a anastomose pancreato-gástrica está associada a menos complicações.

RELATO DE CASO

Homem, 75 anos, branco, com história de nefrectomia radical direita há 4 anos por carcinoma de células claras do rim é encaminhado para avaliação após exame de seguimento demonstrar nódulo no pâncreas. Ressonância magnética evidenciou lesão nodular em colo de pâncreas medindo 1,4 cm. Biópsia realizada por ecoendoscopia evidenciou neoplasia maligna
compatível com carcinoma de células claras. Foi submetido a pancreatectomia central, reconstrução com anastomose pancreato-gástrica. Anatomopatológico da peça cirúrgica confirmou metástase pancreática de carcinoma renal de células claras ressecado com margens livres. O paciente apresentou boa evolução pós-operatória, tendo alta hospitalar no 6 o dia pós-operatório.

DISCUSSÃO

A pancreatectomia central com reconstrução pancreato-gástrica é uma alternativa técnica que proporciona ao paciente uma preservação de parênquima e possível menor incidência de comorbidades.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

PUCRS - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Marcelo Garcia Toneto, Letícia Manoel Debon, Rafael Costa e Campos