Dados do Trabalho
TÍTULO
DERIVAÇAO ESPLENORRENAL DISTAL E A DESVASCULARIZAÇAO ESOFAGOGASTRICA EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLENICA: UMA REVISAO BIBLIOGRAFICA
OBJETIVO
O presente estudo avaliou o impacto e a efetividade da realização de Derivação esplenorrenal distal e Desvascularização esofagogástrica associada à esplenectomia em pacientes com varizes esofágicas portadores de esquistossomose.
MÉTODO
Foi realizada uma pesquisa baseada na forma como a Derivação esplenorrenal distal e a desvascularização esofagogástrica associada à esplenectomia podem ser efetivas no tratamento de varizes gástricas em pacientes com esquistossomose hepatoesplência. Essa pesquisa consistiu na busca de informações em artigos científicos cujas referências são qualificadas e reconhecidas pela comunidade médica.
RESULTADOS
O tratamento cirúrgico na esquistossomose hepatoesplenica visa prevenir a recidiva hemorrágica, objetivando preservação da função hepática, evitar encefalopatia e tratar o hiperesplenismo. Nenhuma técnica cirúrgica satisfaz todos esses objetivos, porém, a derivação esplenorrenal distal (cirurgia de Warren) e a desvascularização esofagogástrica associada à esplenectomia (DAPE) merecem atenção por serem bem aceitas pelos centros especializados. Apesar dos resultados da derivação esplenorrenal distal apresentarem bom controle das varizes com taxas de ressangramento entre 2,8 a 7%, possuem morbimortalidade considerável, variando de 4 a 15%, devido à complexidade operatória. Estudos observaram que a derivação esplenorrenal distal diminuiu o risco de ressangramento em 83% dos pacientes quando comparada à terapia endoscópica, porém não foi significativa para sobrevida tardia. A desvascularização esofagogástrica associada à esplenectomia mostrou mortalidade de 1 a 7%, tendo índice nulo em encefalopatia, já que em sua técnica não há desvio de sangue para a circulação sistêmica. Apesar de apresentar valores maiores de ressangramento quando comparada à derivação esplenorrenal distal (índice de 5 a 16%), a DAPE pode ser associada ao tratamento endoscópico pós-operatório para garantir melhores resultados com relação ao controle do ressangramento.
CONCLUSÕES
Dessa forma, tendo em vista uma menor morbimortalidade, ausência de encefalopatia e bom controle da recidiva hemorrágica, a DAPE associada à esplenectomia e à terapia endoscópica é considerada tratamento de escolha para esquistossomose hepatoesplênica.
Já em situações de emergência nos casos de sangramento de varizes esofágicas, a terapia de primeira linha ainda é feita através de escleroterapia endoscópica associada à terapia medicamentosa.
Área
FÍGADO
Instituições
FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA - Paraíba - Brasil
Autores
GABRIELA NETO RODRIGUES, FERNANDA DE LOURDES LIRA CORREIA ARAUJO, RIGOBERTO RODRIGUES DE LIMA FILHO, RINALDO MOREIRA PINTO FILHO, VICTOR FOGAGNOLI ARAUJO DE ALMEIDA, SILVANIO ARAUJO DO Ó FILHO, RAFAEL ALMEIDA DE ALMEIDA