Dados do Trabalho


TÍTULO

CANCER DE PELE VOLUMOSO EM REGIAO TEMPORAL: RETALHO EM “X”, ASSOCIAÇAO DE TECNICAS RETALHO

INTRODUÇÃO

O carcinoma espinocelular cutâneo (CEC) é a segunda forma mais comum de câncer humano, tem como origem histológica os queratinócitos epidérmicos. Embora a maioria dos pacientes com CEC cutâneo apresente uma doença localizada que é curada com o tratamento local, a recorrência do tumor, a metástase e a morte relacionada à doença ocorrem ocasionalmente. A cirurgia micrográfica de Mohs, a excisão cirúrgica com avaliação completa circunferencial e periférica e a radioterapia são comumente utilizadas no tratamento dessas lesões. Nesse sentido, já que há uma grande variedade de tamanho e locais que as lesões do CEC pode apresentar, são necessárias várias técnicas para reparar os defeitos após o tratamento cirúrgico, especialmente na face. O fechamento simples, muitas vezes é impossibilitado devido à tensão da pele ou o tamanho do ferimento em comparação a pele disponível nas proximidades . Como um método ideal de reconstrução, vários retalhos são usados para fornecer uma alternativa versátil e segura. Dessa forma, esse estudo mostra um caso de tratamento cirúrgico de CEC que foi utilizada uma técnica de retalho inovadora para a reconstrução de lesão da face.

RELATO DE CASO

C.S. 87 anos
Paciente com histórico de exposição solar crônica laboral
Sem devidos cuidados de proteção a respeito de prevenção para câncer de pele, apresenta lesão pele topografia temporal esquerda há cerca de 4 anos com crescimento progressivo, cerca de 6 cm macroscópicamente. Biópsia incisional = carcinoma espinocelular.
Proposta excisão com reconstrução com retalho cutâneo rombóide associado com retalho por avanço.
Associação retalho romboide + retalho avanço = retalho em “X”

DISCUSSÃO

As lesões de pele que mais causam preocupação para cirurgiões são as derivadas dos diversos tipos de tumores cutâneos. As incidências de lesões neoplásicas aumentaram nas últimas décadas e as técnicas de reconstrução tornaram-se mais críticas. Um grande desafio de excisão no rosto é a proximidade de estruturas vitais, como olhos, nariz, orelhas e boca. A necessidade de ampla excisão e reconstrução local deve ser cuidadosamente ponderada com considerações funcionais e estéticas.

Dependendo do tipo de defeito de tecido mole na face pode ser reabilitado por meio de retalhos locais clássicos, seja por avanço, rotação ou transposição. Os retalhos rombóides são bem conhecidos e usados ​​com frequência para cobrir defeitos criados por simples excisões. O fechamento requer a construção de uma aba igual em tamanho ao defeito devido ao empréstimo do tecido necessário de uma única região doadora do retalho adjacente limitada pelo potencial de contratura de tensão e músculo. Para um defeito maior ou defeito em uma parte especial da face, isso não é fácil de realizar. Por isso, no caso relatado foi necessário uma derivação do retalho de romboide juntamente com um retalho avanço criando um retalho em “X” para que fosse feito o fechamento após a excisão da lesão de CEC.

Área

EXPERIMENTAL / PESQUISA BÁSICA

Instituições

Centro Universitário FAG / CEONC - Hospital do câncer - Paraná - Brasil

Autores

Cláudia Fernanda Camini, Marcelino Paiva Martins, Rene Augusto Weirich, Silvia Casanova Baldissera, Flavio Luise Bressan