Dados do Trabalho


TÍTULO

TRAUMA DE TORAX E FRATURA DE ESTERNO. RECONHECIMENTO DAS PRINCIPAIS LESOES E TRATAMENTO CIRURGICO.

INTRODUÇÃO

O trauma de tórax é uma das principais causas de morte dos pacientes politraumatizados e representa cerca de 25% das mesmas. Entre as principais causas ressaltamos a colisão de veículos, atropelamento, lesão por arma de fogo, quedas de altura, acidente de motocicleta, espancamento, lesão por arma branca, explosão e esmagamento. Nestes traumas, as condições fisiopatológicas que se instalam são rapidamente progressivas, podendo em determinadas situações levar à morte em minutos. Cerca de 85% destes traumas podem e devem ser tratados em sua fase aguda, mesmo que por médicos com básicos conhecimentos cirúrgicos. A gravidade do trauma e sua letalidade é diretamente proporcional à força que atua sobre a parede torácica e ao quanto dessa força é transmitida para os órgãos intratorácicos.

RELATO DE CASO

Descrever casos clínicos de pacientes politraumatizados graves, que apresentavam fratura do esterno, com contusão miocárdica e pulmonar. Enfatizar a investigação clinica préoperatória, a estabilização clinica nas primeiras horas, a indicação do tratamento cirúrgico e as potencias complicações do próprio trauma e do tratamento cirúrgico.São abordados os aspectos clínicos e descritos as potenciais lesões intratorácicas que estes pacientes apresentavam, assim como a investigação de possíveis lesões devido à intensidade do trauma de três casos clínicos distintos.
1. Paciente jovem, acidente automobilistico, com fratura de esterno e contusão pulmonar. Submetido a fixação com sutura utilizando fio de aço.
2. Paciente jovem, acidente por queda de altura em barragem hidroeletrélica. Afundamento torácico anterior. Fratura de esterno. Contusão pulmonar e miocárdica severa. Submetido a correção cirúrgica com alinhamento dos fragmentos e sutura com fio de aço.
3. Paciente idoso, vitima de queda de cavalo. Fratura de esterno, pneumomediastino e pneumopericárdio. Submetido a tratamento cirúrgico constatando-se rotura do átrio direito tamponada. Sutura dos ferimentos

DISCUSSÃO

A lesão do osso esterno não é freqüente nos pacientes politraumatizados graves que sobrevivem aos momentos iniciais do trauma e do tratamento das lesões por ele provocadas. Porém, reveste-se de importância o reconhecimento da lesão e suas potenciais complicações associadas e relacionadas ao trauma cardíaco, à contusão miocárdica e pulmonar, além de hemotórax, pneumotórax hipertensivo ou aberto, lesões vasculares, entre outras. Em análise de indicadores técnicos de colisão, baseados em dados pré-clínicos e clínicos de pacientes com fratura esternal entre 1985-2004, constatamos que dos 42.055 pacientes feridos, avaliados por uma unidade de investigação de acidentes, apenas 267/42.055 pacientes (0,64%) sofreu uma fratura esternal no período de 20 anos. Contusões moles são mais freqüentemente concomitantes (55%), seguido por lesões da coluna cervical (23%), fraturas múltiplas das costelas (14%) e lesões pulmonares (12%). Deste total de pacientes, 18% foram politraumatizados, com 11,2% morrendo no local e 2,3% no hospital(1).

Área

CIRURGIA TORÁCICA

Instituições

Universidade de Cuiabá - Mato Grosso - Brasil

Autores

Victor Sandrini e Silva, Rafael Quixabeira Bezerra de Araujo, Yuri Nayan Kirsch, Marcus Vinicius Esteves Avelino Rocha, Pedro Luis Reis Crotti, Geraldo Messias Santos Silva