Dados do Trabalho
TÍTULO
ANALISE DA FILA CIRURGICA DE TIREOIDECTOMIA EM UM HOSPITAL QUATERNARIO: DIFERENÇA ENTRE DOENÇA MALIGNA E DOENÇA BENIGNA
OBJETIVO
Avaliar se os pacientes com malignidade estão sendo priorizados na fila de uma equipe de
cirurgia do HUPE
MÉTODO
Estudo retrospectivo realizado por revisão de prontuário dos pacientes submetidos à cirurgia de tireoide por uma das equipes cirúrgicas do HUPE. Foram identificados 60 pacientes entre Janeiro de 2009 até Março de 2016 operados por uma mesma equipe de cirurgia. As variáveis incluídas foram: tempo de espera em meses da cirurgia, PAAF de tireoide com malignidade e presença ou não de sintomas compressivos. Foi utilizado teste não paramétrico de Mann-Whitney para avaliar diferença entre as variáveis. A significância estatística foi considerada para valores de p>0,05.
RESULTADOS
10,2% dos pacientes possuíam PAAF com diagnostico de câncer de tireóide, estes foram operados nas medianas de 1,7 meses e de 1 consulta (Intervalo interquartil 0-28,6 meses;0-7 consultas). Não houve diferença de tempo entre os pacientes que possuíam malignidade na PAAF e os que não possuíam (p=0,23), pacientes com PAAF sem malignidade foram operados nas medianas de 10,8 meses e de 5 consultas (intervalo interquartil 3,3-24 meses; 2-8 consultas). Quando controlados para ausência de malignidade, pacientes com sintomas compressivos (14,8%) tenderam a demorar mais a serem operados (mediana 27,6 meses, intervalo interquartil de 11-33,3 meses; p-valor =0,32). 14, 8% dos paciente operados com diagnóstico benigno eram carcinomas no histopatológico da peça.
CONCLUSÕES
Pacientes com diagnóstico de câncer na punção pre-operatória não ficaram menos tempo na fila de espera do que os pacientes com ausência de câncer, no cenário de uma equipe de cirurgia do HUPE. Pacientes com sintomas compressivos com ausência de malignidade demoraram um pouco mais na fila, apesar de não haver diferença estatística. Outros fatores como gravidade de comorbidades dos pacientes referenciados e recursos disponíveis para disponibilizar o tratamento também devem ser levados me consideração. Reorganizar as filas cirúrgicas de tireoidectomias do HUPE de modo a priorizar o acesso a pacientes com malignidade e sintomas compressivos devem ser levados em consideração.
Área
CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO
Instituições
Uerj - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Paula de Campos Calassara, Carolina Bello Santolia da Silva Matos, Júlia Anesi Saavedra Granato Ferreira, Maria Criastina Araujo Maya, Lia Roque Assumpção