Dados do Trabalho
TÍTULO
OCORRÊNCIA DE CASOS DE NEOPLASIA DO ESÔFAGO NO DISTRITO FEDERAL ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2018
OBJETIVO
O câncer de esôfago representa uma das neoplasias mais importantes e letais do mundo, ocupando a sexta maior causa de morte por câncer (286 mil óbitos/ano). Aproximadamente 90% das neoplasias malignas esofágicas são representadas pelo carcinoma espinocelular (CEC) e adenocarcinoma. A disfagia é o sintoma mais frequente e, geralmente, é no mesmo nível da localização do tumor e decorre habitualmente do caráter obstrutivo da lesão, surgindo quando já há comprometimento de mais de 50% da luz esofágica. É caracterizada por perda rápida de peso, odinofagia e regurgitação. O esôfago de Barrett, que é uma complicação da doença do refluxo gastroesofagico (DRGE), é um dos fatores de risco mais importantes para desenvolvimento de adenocarcinoma esofágico. Os tumores malignos do esôfago, em nosso meio, são, em geral, diagnosticados tardiamente, quando a doença já se encontra em estágio avançado e com pouca chance de tratamento curativo. As principais modalidades de tratamento compreendem a ressecção do tumor primário, quimioterapia e radioterapia. Tendo como objetivo analisar o número de internações em pacientes a partir de 20 anos por Neoplasia do Esôfago no Distrito Federal (DF) no período de jan/2015 a dez/2018 correlacionando com o número de óbitos, fazendo comparativo entre os sexos.
MÉTODO
Estudo epidemiológico retrospectivo com análise comparativa baseado nos dados de internação e óbitos por Neoplasia do Esôfago registrados no DATASUS durante o período de jan/2015 a dez/2018 no DF.
RESULTADOS
O número de internações por sexo foi de 606 homens e 201, totalizando 807 internações; destas 4 ocorreram na faixa etária de 20 a 29 anos; 18 na de 30 a 39; 100 na de 40 a 49; 251 na de 50 a 59; 260 na de 60 a 69; 122 na de 70 a 79; 52 dos 80 em frente. Por sua vez, o número de óbitos foi de 117 homens e 38, totalizando 155 óbitos; destes 1 ocorreram na faixa etária de 20 a 29 anos; 20 na de 40 a 49; 53 na de 50 a 59; 43 na de 60 a 69; 24 na de 70 a 79; 14 dos 80 anos em frente. Contudo, com relação ao óbito na faixa etária de 30 a 39 anos, DataSUS não apresentou dados.
CONCLUSÕES
Um estudo realizado em 2005 nos Estados Unidos, as taxas de incidência ajustadas por idade eram mais altas em homens do que em mulheres 7,5 contra 1,8 a cada 100.000, respectivamente. Pacientes que apresentam carcinomas de células escamosas (CCE) e os adenocarcinomas, em geral estão na 5ª e 6ª décadas de vida, são frequentemente tabagistas, alcoolistas e apresentam outras comorbidades. Assim no DF, o número de internações e óbitos foram maiores em homens entre a 5° e 6° década de vida, observando assim que o perfil dos pacientes nos faz reconhecer a importância de um diagnóstico precoce da doença maligna, já que a sobrevida a longo prazo melhorou nas últimas décadas, passando de 4% em 1970 para 14% atualmente.
Área
ESÔFAGO
Instituições
Universidade de Gurupi - Tocantins - Brasil
Autores
Rafael Fernando Castro Silva, Amanda Ribeiro Tavares, Renan Alves Rodrigues, Gabryella Silveira Cardoso, Zoroastro Henrique Santana