Dados do Trabalho


Título

ESTUDO DA EXPRESSAO GENICA E PROTEICA DOS PEQUENOS PROTEOGLICANOS RICOS EM LEUCINAS (SLRPS) NA GLANDULA LACRIMAL DE CAMUNDONGOS FEMEAS NAO PRENHE E PRENHE COM HIPERPROLACTINEMIA INDUZIDA PELA METOCLOPRAMIDA

Introdução

Há evidências de que a hiperprolactinemia (HPrl) poderia comprometer o funcionamento da glândula lacrimal (GL), estudos anteriores mostraram alterações na quantidade de fibras de colágeno, fato que poderia alterar componentes da matriz extracelular, por este motivo selecionamos os proteoglicanos, por serem os principais reguladores da dinâmica célula-célula e célula-matriz, fato que acreditamos interferir em processos fisiológicos e imunológicos. Nesse sentido, os componentes da matriz extracelular que nos interessa são os pequenos proteoglicanos ricos em leucina, pois participam de diversos eventos de relevância biológica, considerados componentes bioativos na MEC. Assim,nosso objetivo busca avaliar a expressão gênica e protéica dos pequenos proteoglicanos ricos em leucinas (SLRPs) na GL de camundongos fêmeas não prenhe e prenhe com HPrl induzida pela metoclopramida.

Métodos

40 camundongos fêmeas foram divididas em 2 grupos/20 animais cada. Fez-se primeiramente a indução ao estado de Hiperprolactinemia de 20 camundongos fêmeas com o tratamento com 200 µg metoclopramida dissolvida em 0,2 mL de solução salina (grupo hiperprolactêmico, HPrl) via subcutânea por 50 dias consecutivos e 20 camundongos fêmeas com o tratamento com 0,2 mL de solução salina (grupo controle, Ctr) via subcutânea por 50 dias consecutivos. Após 10 fêmeas de cada grupo foram colocadas para acasalamento com os machos, e no 6,5º ao 7,5º dia pós-coito 10 fêmeas foram eutanasiadas juntamente com as outras 10 fêmeas de cada grupo (fase de proestro) fez-se a eutanásia dos animais e as GLs foram retiradas e processadas para aa análises: morfológica e de expressão gênica pela técnica da PCR quantitativo em Tempo Real. Ao final dos experimentos formouse 4 grupos/10 fêmeas cada: (grupo hiperprolactêmico, HPrl não prenhe), (grupo hiperprolactêmico, HPrl prenhe) (grupo controle, Ctr não prenhe), (grupo controle, Ctr prenhe). Os resultados foram submetidos ao teste estatístico t student (p<0,05).

Resultados

Os níveis séricos de prolactina foram maiores em todos os grupos. A expressão gênica e protética dos SLRPs mostrou diminuição em HPrl não prenhe/prenhe em comparação com Ctr não prenhe/prenhe, p<0,05.

Conclusões

O estado de hiperprolactinemia mudou a expressão gênica e protéica dos SLRPs na MEC da GL de camundongos fêmeas prenhe e não prenhe. Sugerindo assim as alterações na quantidade de colágeno, além disso, sugestivo de alteração na fibrilogênese do colágeno.

Palavras Chave

glândulas lacrimais, hiperprolactinemia, pequenos proteoglicanos

Arquivos

Área

Patologia Clínica

Instituições

UNIFESP - São Paulo - Brasil

Autores

ARIADNE STAVARE LEAL ARAUJO, OSVALDO PEREIRA ARAUJO JUNIOR, REGINA CELIA TEIXEIRA GOMES, MANUEL JESUS SIMOES