Dados do Trabalho


Título

ANALISE FRACTAL DA CONJUNTIVA PALPEBRAL DE CAES COM CERATOCONJUNTIVITE SECA ANTES E APOS O TRATAMENTO COM TACROLIMUS 0,03% TOPICO

Introdução

A ceratoconjuntivite seca é uma inflamação crônica da córnea e conjuntiva, comumente diagnosticada em seres humanos e cães, resultante da alteração quantitativa e/ou qualitativa do filme lacrimal, diminuindo ou cessando a função protetora da lágrima, culminando em sinais clínicos específicos. A dimensão ou análise fractal vem sendo utilizado em diversas áreas da medicina para avaliar alterações em imagens (histológicas, raio-x, fotografia, tomografia) de forma quantitativa. A técnica consiste em mensurar estruturas geométricas e irregulares, por meio de uma fórmula matemática, através de um software. O método mais utilizado é o de box-couting, em que o cálculo se baseia na quebra da imagem em quadrados menores (r) e quantos quadrados são necessários para cobrir a imagem (Nr). O objetivo do estudo foi avaliar e comparar, de forma quantitativa, pelo método de análise fractal, a alteração estrutural da conjuntiva palpebral provocada pela ceratoconjuntivite seca em cães, antes e após o tratamento convencional com imunossupressor tópico Tacrolimus 0,03% colírio associado à lubrificante ocular, e cães com olhos sadios.

Métodos

Foram avaliadas 90 lâminas de biopsia conjuntival de três grupos, com 15 animais cada: grupo A (30 lâminas da conjuntiva palpebral de cães no momento do diagnóstico de CCS bilateral, grupo B (30 lâminas da conjuntiva palpebral dos mesmos cães do grupo A após 6 meses de tratamento convencional para CCS – Tacrolimus 0,03% colírio e lubrificante ocular Systane®) e grupo C (controle – 30 lâminas da conjuntiva palpebral de 15 cães com olhos sadios), as lâminas foram fotografadas no microscópio Leica objetiva de 40x, e com o software Image J as mesmas foram binarizadas e realizado o cálculo da dimensão fractal.

Resultados

A média e desvio padrão da dimensão fractal do grupo A foi de 1,65± 0,06, do grupo B foi de 1,70± 0,06, e do grupo controle foi de 1,78±0,02, demonstrando que o grupo B após o tratamento convencional apresentou valores de dimensão fractal mais próximos do grupo controle (olhos sadios), os valores menores do grupo A (momento do diagnóstico) são justificados pelo edema e frouxidão do tecido, provocados pela inflamação induzidos pela oftalmopatia.

Conclusões

O método de análise fractal demonstrou uma boa diferenciação quantitativa, sendo uma boa opção de comparação pós intervenção, adjuvante a métodos qualitativos, principalmente em pesquisas.

Palavras Chave

Dimensão fractal, olho seco, análise quantitativa, cães

Arquivos

Área

Miscelânea

Instituições

Universidade do Oeste Paulista - São Paulo - Brasil

Autores

LUÍS FELIPE DA COSTA ZULIM, DANIELLE ALVES SILVA, FELIPE FRANCO NASCIMENTO, GISELE ALBORGHETTI NAI, FRANCIS LOPES PACAGNELLI , SILVIA FRANCO ANDRADE